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Presidente do Atlético-MG rejeita contrato e quer ampliar receita do clube para atuar no Mineirão

Presidente Alexandre Kalil garante que Atlético-MG não jogará no Mineirão por "pressão" - Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG
Presidente Alexandre Kalil garante que Atlético-MG não jogará no Mineirão por "pressão" Imagem: Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

19/12/2012 06h00

O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, confirmou que o clube não irá mandar os jogos no estádio Mineirão a partir de 2013 se for mantido o atual modelo de contrato apresentado pela Minas Arena, concessionária que administrará o novo estádio. O dirigente afirmou que aceitará um acordo para atuar no Mineirão se o clube alvinegro participar até do “lucro da pipoca”.

Para Kalil, definição sobre torcida na volta do Mineirão depende apenas do Cruzeiro

  • Renato Cobucci/ Imprensa MG

    O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, negou que a definição sobre a presença das duas torcidas no clássico contra o Cruzeiro, em 3 de fevereiro, dependa do alvinegro mineiro. Segundo ele, o mando de campo é do clube celeste e cabe exclusivamente ao adversário essa decisão. O jogo entre os dois rivais mineiros será o primeiro da história do novo Mineirão.

“O Atlético é o dono do Independência na parte comercial, tem direito a 50% de todas as receitas, com exceção da renda, que tem 100%, o Atlético se dá bem tecnicamente no Independência. A proposta que nos foi enviada, o modelo de proposta, eu disse que não precisava negociar. Estão dizendo que o Atlético vai jogar no Mineirão, mas o Atlético não vai jogar no Mineirão”, disse Alexandre Kalil, em entrevista à Rádio Itatiaia.

O dirigente atleticano destacou que só aceitará assinar um contrato nos moldes que o clube mineiro tem com a BWA, no Independência, onde o Atlético tem participação nos lucros de venda de produtos dentro do estádio, bilheteria e camarotes. “O Atlético vai ter o prazer de jogar lá, mas o clube não entra em farra, de Copa do Mundo, inauguração, isso não é problema do Atlético, o Atlético tem uma conta a pagar”, afirmou.

“O Atlético só joga no Mineirão se participar da pipoca. Hoje, nem o ingresso, nem a totalidade dos ingressos são do Atlético, nem o camarote, o Atlético tem de ter participação em todos os camarotes. Essa balela de que vai levar o Atlético na garganta não vai, não tem ninguém que manda no mando do Atlético, este país tem lei, mas não quer dizer que o Atlético não vai jogar lá”, acrescentou Alexandre Kalil.

Apesar de afirmar que não pretende mandar jogos no estádio nos moldes do contrato proposto pela Minas Arena, o presidente afirma que o Atlético tem a possibilidade de atuar no local quando desejar, recebendo assim participação financeira em 54 mil ingressos a sua disposição e no estacionamento do Mineirão, que será terceirizado.

“Os direitos do Cruzeiro, Atlético e América são isonômicos, qualquer proposta feita para o Cruzeiro é obrigado  fazer para os outros dois times, está em edital, em direito, lucro. O Atlético tem direito por edital, quando quiser jogar lá, tem 54 mil ingressos, e estacionamento, o Atlético quando quiser exercer o direito vai ganhar o dinheiro dos 54 mil ingressos e do estacionamento e vai embora com o rabo entre as pernas”, explicou Kalil.

“Camarote eu quero participação em todos, nos dez mil ingressos que eles (Minas Arena) têm direito. Quem está comprando camarote achando que o Atlético vai jogar lá, não vai jogar, a final da Libertadores tem de ser lá, ok, vamos para lá e colocamos a mão nos 54 mil ingressos e pronto. E isso eles são obrigados a aceitar, se não aceitar, entramos com ação na justiça, está em contrato”, acrescentou o dirigente atleticano.

O Cruzeiro já assinou contrato com a Minas Arena para mandar os seus jogos exclusivamente no Mineirão pelos próximos 25 anos. O primeiro jogo no novo estádio será o clássico com o Atlético-MG, em 3 de fevereiro, com mando celeste.

Alexandre Kalil disse não acreditar que o contrato assinado pelo Cruzeiro seja igual ao oferecido para o Atlético. “Sinceramente eu não acredito, acho que jogaram isso para a gente chegar a um contrato parecido com o do Cruzeiro, eu não acredito que o Cruzeiro assinou um contrato assim, pois aquele contrato que está na minha mesa é atestado de sentença de morte”, destacou.